Esse é
um tema bem oportuno e útil para as ações do dia a dia. Tudo que vamos fazer sempre
estaremos com a iniciativa voltada para dois estados de espírito: concentração
ou distração.
Por
mais simples que seja o trabalho, sem a devida concentração correremos o risco
de a ação não ter o sucesso almejado. O importante é manter o foco. Isso é uma
regra humana importantíssima e que muitas vezes ‘passamos batido’ porque temos
o hábito de agir pelo condicionamento ou pela percepção rotineira daquela
tarefa. Temos a noção (errada) de que já sabemos tudo e que essa assertiva irá
conduzir a labuta de forma satisfatória. Ledo engano!
Se
colocarmos a água para esquentar e não dermos a devida atenção para aquele ato
como atividade principal, fatalmente incorreremos em um erro que pode levar até
a um incêndio. Isso é corriqueiro na vida das pessoas. As atividades virtuais
paralelas desviam a atenção da tarefa.
Eu
tenho um exemplo de atividade no início das minhas funções laborais que me
ajudou a corrigir essa disfunção nas minhas atividades humanas. Eu trabalhava
com processo e minha mesa era bem perto de uma janela no sexto andar de um
edifício. A pessoa responsável pelo setor me alertava que era para eu ter
cuidado ao manusear as folhas do processo quando estavam desprendidas, porque
ora ou outra poderia vir um vento e levá-las pela janela. Ouvi, mas sem a
devida atenção! Um dia o fato aconteceu. Sorte minha que eram folhas de uma
petição que tinha cópia. Isso foi uma lição pra mim. Aprendi a me concentrar
mais no que faço.
Pra mim
não existe um trabalho mais importante que o outro. Todos são importantes. Exigem
da gente dedicação exclusiva para aquilo que nos propomos a fazer. Se não agirmos
dessa forma o serviço não terá uma conclusão satisfatória. Será incompleto ou
feito de forma ‘matada’ como diz o provérbio popular.
Outra
coisa que considero de fundamental importância é a organização, o zelo, a
disciplina. Qualquer coisa que vamos fazer temos de nos preparar por etapas.
Vencendo etapas vamos construindo a pirâmide com base sólida. Caso contrário
ela tende a ruir no final, ou no muito, o seu acabamento carece de um toque especial
que alguém mais atento irá perceber.
Aliás,
vencer etapas é o que dá a motivação para o serviço. Quando fazemos algo com
atenção, concentração e zelo a cada pedaço que vamos concluindo temos a certeza
que lá no final a coisa chegará bem perto do ideal. Digo, bem perto, porque o
ideal é algo quase inatingível para quem quer chegar bem no limite da
perfeição.
Isso
tudo não se confunde com o dom que cada um carrega dentro de si. Este sim tem
uma escala para cada um. Há aqueles mais talentosos.
Entretanto,
de uma maneira geral, quem se profissionaliza em determinada atribuição deve
sempre querer se aproximar do quase ideal. E isso só vai ocorrer com muita
concentração. Parece que na nossa alma há uma simbiose entre o real e o
cósmico. Quando nos concentramos, essa simbiose faz a junção do real com o transcendental.
Aí surgem os melhores resultados para qualquer tipo de tarefa humana.