Todos nós somos pessoas comuns que convivemos com a simplicidade de sermos mais um a buscar a felicidade. Quando passamos pelas ruas, quem não nos conhece, às vezes, nem é capaz de nos notar. Não somos estrelas e nem temos como ser conhecidos, porque somos seres humanos que nos escondemos em nosso anonimato. Somos frutos de uma mesma sociedade, mas vivemos à margem dela, porque somos mais um rosto que se esconde na multidão.
Não é assim para aqueles que se destacam e criam raízes. Quem cria raiz chega até a planta e dá a semente. A semente germina e cria elementos oriundos de sua própria criação. Assim é a vida. Assim é a amizade.
Essa introdução de fundo filosófico tem o condão de ilustrar a figura daqueles que mesmo sendo cidadãos comuns se tornam expoentes para um grupo. O Fabrício, Fabão e Laete são expoentes de liderança e de exemplo em nosso contexto social. Não tenho a pretensão de dizer que Fabão, Fabrício e Laerte sejam comparados com o estrelato. São pessoas comuns como nós. Eles representam mais três seres que passam nas ruas e se tornam anônimos perante a multidão. Entretanto, são gigantes perante o contingente de um grupo como o nosso. Digo isso para ilustrar a importância desses três para esta confraria de amigos. Falo de duas pessoas importantíssimas para a “Bancada da Bola”. São peças que formam a engrenagem social e esportiva de nosso grupo de amizade. Estão sempre disponíveis para contribuir com nossas reuniões esportivas e sociais. Não se recusam a estender as mãos sempre que solicitamos.
O Fabão, além de ser aquele assíduo jogador, é persistente na sua sina de perseguir o gol adversário. Teve época em que fez sacrifícios, quando era escalado para ficar debaixo das traves. Sei que não era de seu agrado, mas não se negava a atender ao técnico. Há aquele corneteiro que afirma que foi o Fabão quem saiu pelos campos da cidade pedindo telefones dos goleiros, por isso, hoje, ele não sofre mais com esse tipo de escalação. Ninguém pode duvidar de que o Fabão em nosso próximo encontro futebolístico lá estará com o dedinho machucado ou não. De igual forma, ninguém pode dizer que ele não estará presente no próximo encontro social da ‘Bancada da Bola’, visto que é sempre assíduo e, se precisar, sempre leva seu produto comercial; a linguiça Cortez. Ao falar do Fabão não há como deixar de citar sua esposa Vanusa. Ela está onde o Fabão está. Ela comparece. Ela prestigia. Ela ajuda. Ela comunga das alegrias junto com seu inseparável artilheiro. Trata-se de um casal que têm contribuído em todos os eventos realizados pela “Bancada da Bola”. É muita honra para todos nós estar aqui hoje na residência deles, prestando esta homenagem.
O Fabrício, além de ser um atleta de luta e de presença, tornou-se um ícone na vida social da “Bancada da Bola”. Digo isso não só porque faz parte do elenco futebolístico. Ele associou seu talento de jogador com a sua capacidade artística. Esses dois elementos têm sido, sem dúvida, um dos alentos para que nossas festas não se tornem vazias. O Fabrício não falta aos seus compromissos, seja para jogar, ou, seja para tocar e cantar. Não se nega a atender aos amigos, quando solicitado nesses dois quesitos. Nossas festas e nossas pescarias não seriam as mesmas se não tivéssemos a presença do nosso artista Fabricê. Posso falar do Fabrício plagiando o hino do seu time do coração (o Grêmio)... Ele vai onde nós estivermos. E, ao seu lado, sempre está sua noiva Jussara. Ela tem sido um elo de alegria e de descontração para todos nós graças à sua simpatia e à sua nobreza de coração. É muita honra para todos nós estar aqui na presença deste casal. Eles são exemplos para os atletas mais jovens, numa demonstração que a união passa pelo compromisso e pela lealdade nas relações.
O Larte, conhecido entre nós como Lalá, é aquela pessoa que traz em si a alegria e a desconcentração. Dizem que ele é corneteiro. Mas, na minha noção de convívio ele é apenas aquele que representa o bom humor, com suas estórias engraçadas, baseadas na realidade pessoal de cada um. Digamos que ele é o Nelson Rubens da “Bancada”. É ele quem se encarrega de trazer as informações hilárias que rodeiam nossos atletas. Digamos que ele fermenta a notícia. Ou melhor, ele reprisa (em dose dupla) os micos que perseguem cada um. A estória contada pelo Lalá é aquela em que há riso, há gozação, há prenúncio de cornetagem, que na nossa linguagem particular representa todos ‘os foras’ vivenciados nas atividades particulares de cada representante da “Bancada”. As festas e os pós-jogos nunca são os mesmos quando o Lalá não está por perto. Ele está fazendo falta nesses momentos em que se recupera de uma cirurgia. Aliás, a notícia de que o Lalá estaria se mudando para a ESPROVAL não agradou a galera. Aceitamos que ele passe a jogar no campo de baixo, mas não abrimos mão de sua presença na “guela” da “Bancada”.
Para finalizar vou ler um trecho da poesia BONS AMIGOS de Machado de Assis:
Abençoados os que possuem amigos. Aqueles que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos sejam os amigos que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Bendito sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque os amigos são herdeiros da nossa realidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Assim, depois desses versos que expressam a grandeza da amizade, nós, membros da “Bancada” e portadores desta homenagem, podemos desejar que nossos laços de amizade se estendam por longos anos, visto que quando se tem amigos qualquer desculpa é suficiente para que haja um encontro ou uma troca de gentileza.
Esses são os votos da “Bancada da Bola” para os aniversariantes da noite.