Supere os desafios, bata recordes
O céu é o limite dos guerreiros.
Lute contra todas as suas limitações
Vagner Xavier
Num campeonato como o nosso, onde a maioria das equipes reúne atletas com idade acima dos quarenta anos, não é demais achar algo positivo com o insucesso como foi o caso da equipe japonesa que, por circunstâncias negativas não pode manter uma mesma performance desde o início da competição.
Para quem não estava no elenco e não viveu nossos momentos de aflição pode achar meio fora de contexto esta minha manifestação, afinal nossa equipe foi desclassificada e só ganhou duas partidas, perdendo quatro. No aspecto puramente esportivo não tivemos sucesso, ao contrário; estivemos à beira de um vexame. Entretanto, quero falar do sentido esportista. Este sim merece nossa consideração. A ‘esportividade’ foi o ponto forte da equipe do Japão.
Se houvesse um troféu premiando o aspecto esportivo das equipes certamente que o Japão seria uma equipe credenciada a receber a homenagem. O leitor deve estar se perguntando qual foram os parâmetros para que este cronista tenha achado que seu time obteve alguma glória nesse campeonato?
Aí eu diria, sem medo de errar. Alguém já viu um time tão unido mesmo na derrota? Na vitória é a coisa mais fácil. Creio que qualquer torcedor que esteve na arquibancada durante nossos jogos vai se lembrar de nossa união mesmo depois das derrotas. É verdade que num elenco existem fundamentos que se sobrepõem para se chegar ao título, especialmente a qualidade individual de seus atletas. Pode ser que no Japão faltou esse requisito, ou então o aspecto da ‘pegada’ dentro das quatro linhas. Entretanto, não faltou garra. Não faltou empenho. Não faltou vontade de se vencer. Não faltou união. Não faltou fé.
Não se viu por parte de nossos atletas qualquer tipo de reclamação, fosse com arbitragem ou fosse com o representante. Tanto aqueles que entravam jogando, como aqueles que estavam no banco queriam (sinceramente) o melhor para o time. Fazia tempo que este cronista não compartilhava de um grupo tão unido nesse sentido. No Japão havia 16 jogadores querendo o melhor para o time. Não existiu vaidade. Não existiu desânimo. Teve hora que eu mesmo quis ‘jogar a toalha’, mas alguém me corrigiu expressando em seu peito ímpetos de empenho e de vibração tão grandes que me fez calar.
Foram três derrotas seguidas que credito à falta de sorte. Erros de arbitragem, faltas justificadas, contusões, que na somatória se constituíram em ingredientes negativos e que são diretamente proporcionais ao insucesso dos resultados.
Quando acabava os jogos o nosso time se reunia e repensava a partida, mesmo quando o time já tinha perdido na terceira rodada. Nunca vi nada igual no SINDIJUS. Era hora de se ouvir palavras de ordem com pedidos para que pensássemos nos próximos jogos e a conversa terminava com um abençoado PAI NOSSO.
Ficamos fora da semifinal. Sofremos o prejuízo de não ter condições de reagir no início da competição. Reagimos um pouco tarde. Na partida derradeira o Japão foi audaz, marcador e guerreiro. Demos azar que nossa reação mais contundente só veio contra um time (Nigéria) que saiu de campo credenciado a ser um dos finalistas, caso continue a ter a ‘pegada’ que apresentou em seus dois últimos compromissos.
Estou fazendo esta crônica para agradecer o espírito de grupo e a obstinação de nosso time nas três últimas partidas do certame. Lutamos como verdadeiros guerreiros, mas não foi suficiente. Isso faz parte da vida. Às vezes não chegamos vencedor, mas interiormente estamos satisfeitos com a nossa conduta, porque lutamos e tentamos fazer o certo.
Assim, quero encerrar esta matéria com uma homenagem ‘aos guerreiros’ do Japão:
“Mediocres falam de pessoas, sonhadores falam de ideias e os guerreiros as colocam em prática”.Tiago Rolim
Comentários (3)
Enviado por: Aurivaldo, em: 26/05/2014 17:37
Concordo Hèlio. Apesar da vitória, foi o jogo mais disputado e duro para nossa equipe, devido ao empenhho e dedicação da equipe do Japão.
Enviado por: paulo barboza- goleiro, em: 27/05/2014 11:34
PARABENS HELIO SABIAS PALAVRAS . O RESPEITO ENTRE OS ATLETAS FOI O PONTO ALTO DO NOSSO TIME.
Enviado por: Adalberto, em: 27/05/2014 12:12
Parabéns a toda a equipe do Japão. Só quem estava dentro do campo sabe o quanto foi difícil para nós sustentamos o resultado. Sem medo de errar foi uma das melhores partidas da equipe japonesa. Abraços.